17/10/2023

Valorização do nacionalismo e retomada do crescimento pautam palestra de Aldo Rebelo

O Instituto Democracia e Liberdade (IDL) recebeu associados e convidados nesta segunda-feira, no Pestana Curitiba, para a palestra “O Quinto Movimento – propostas para uma construção inacabada”, proferida pelo ex-Ministro Aldo Rebelo.

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Antes de começar o evento, o IDL recebeu seu mais nosso associado, o empresário catarinense Jovelci Gomes, Diretor-Presidente do Grupo Sul Brasil, que assinou o termo de associação simbolizando todas as novas adesões. Gomes é reconhecido atualmente como um dos mais competentes empresários de Santa Catarina, produzindo materiais médico-hospitalares descartáveis e de uma planta de metalurgia, especializada na produção de puxadores para móveis.

Em seguida, o Presidente do IDL, Edson José Ramon, fez seu discurso de boas-vindas. “Jovelci representa o Estado vizinho e terá, junto com nossa gestão, a tarefa de ampliar a ação e os valores do IDL em Santa Catarina”, disse, lembrando dos princípios do Instituto e sua missão de entidade que defende a livre iniciativa, sem qualquer cor partidária, que apoia boas causas em prol da sociedade, mas que reage fortemente contra o desrespeito à democracia e aos valores liberais.

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O Presidente contou que esteve na segunda-feira, acompanhado de Aldo Rebelo, Nilso Sguarezi e Carlos Marassi, de uma visita à fábrica de prédios que o Vice-Presidente do IDL, Francisco Simeão, está implantando em Cascavel, e que tem a capacidade de construir 3,8 mil apartamentos em tempo recorde, por ano. “É um empresário ambicioso, que me deixou feliz com seu espírito de ousadia e empreendedorismo”, comentou.

Para encerrar sua fala, Ramon informou aos presentes a respeito da campanha que o IDL está fazendo nas rádios CBN e Band News, manifestando seu apoio ao Governo do Paraná nas obras que realizam no litoral e o repúdio aos ambientalistas radicais. “Temos que lutar por obras que trarão desenvolvimento a um litoral que há mais de 40 anos foi esquecido pelos governadores. Neste cenário, o IDL se coloca ao lado de toda a sociedade, condenando a militância ambiental ignorante e arrogante”, concluiu.

Os cinco movimentos

Aldo Rebelo é natural do Alagoas, jornalista de formação. Foi vereador e deputado em São Paulo, sendo Presidente da Câmara de 2005 a 2007, e relator da Lei de Biossegurança e do Novo Código Florestal Brasileiro. Foi Ministro-chefe da Secretaria de Coordenação Política e relações institucionais (2004), Ministro de Estado do Esporte (2011 a 2014), Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (2015) e Ministro de Estado da Defesa (2016).

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Rebelo apresentou um resumo do conteúdo de seu livro “O Quinto Movimento – propostas para uma construção inacabada”, levantando um debate sobre a necessidade de um projeto nacional para tirar o Brasil de uma crise sem precedentes, tendo como eixo da discussão a retomada do desenvolvimento econômico, científico, tecnológico e social, bem como a manutenção dos padrões da democracia.

Os movimentos que intitulam a sua obra iniciam com o primeiro movimento – que remete à construção da base física nacional, do seu território, do Marco Zero de 1500 até o Tratado de Madrid em 1750 – o segundo movimento – da Independência até a 7 de Setembro de 1822 –, passando para o terceiro movimento – período entre 1822 até abolição da escravidão, em 1888 – até o quarto movimento – da Proclamação da República aos dias atuais.

Por fim, chega-se ao quinto movimento, homônimo ao livro, que debate a centralidade da questão nacional, ou seja, a retomada deste processo interrompido, de uma construção inacabada que precisa ser resgatada com foco no desenvolvimento e no crescimento da economia. “É fundamental reafirmarmos a atualidade da questão nacional, ou seja, do nacionalismo que, para muitos, se tornou uma expressão anacrônica, do passado, superada pela globalização”, disse. “Na verdade, nacionalismo é sinônimo de orgulho e condição sine qua non para a retomada por meio do empoderamento e da valorização da nacionalidade em seus aspectos materiais e aspectos subjetivos, como a História, o idioma, a cultura, a economia e nosso território”, frisou.

Segundo ele, o Brasil tem ao alcance da mão todos os recursos necessários para o desenvolvimento, desde o insumo até o produtor rural. “Quem industrializou São Paulo foi o excedente do café, e é esse excedente da nossa agricultura, pecuária e fronteira mineral, que pode dar dinheiro. No primeiro trimestre deste ano, 45% do saldo da balança comercial do Brasil foi produzido pelo Mato Grosso que, se fosse um país, teria uma exportação 11 vezes a exportação per capita da China”, explanou.

“Precisamos de um choque de investimento privado para que haja um choque de investimento público em seguida. Precisamos que o Brasil volte a ensinar às suas crianças o que deu certo na História, com foco na retomada da trajetória de reconstrução nacional, baseado no desenvolvimento, no combate às desigualdades, no aperfeiçoamento e na valorização da Democracia. Isso tudo conduzido por um governo forte, que tenha coragem e capacidade para esta retomada, marcada pela redução das desigualdades e a valorização da Democracia”, encerrou.

Texto: Básica Comunicações 

Fotos: Fabio Ortolan 

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