Reinaldo Bessa apresenta opiniões de entidades sobre eleição de Donald Trump
Blog do Bessa
09/11/16
Empresários do Paraná se dividem sobre Donald Trump
O blog quis saber a opinião de alguns dos principais dirigentes de entidades de classe do Paraná e empresários sobre a eleição de Donald Trump. De todos os consultados, apenas três foram explícitos em suas posições: Glaucio Geara, presidente eleito da Associação Comercial do Paraná, Guido Bresolin Junior, presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), que torciam pela vitória do republicano, e Edson José Ramon, presidente do Instituto Democracia e Liberdade, partidário da democrata Hillary Clinton. Os demais limitaram-se a declarações protocolares. Eis as respostas.
Edson José Ramon, presidente do Instituto Democracia e Liberdade:
“A vitória de Trump gera apreensão e quebra de paradigmas. Hillary seria uma continuidade já conhecida de um governo democrático. Trump foi eleito pela grande maioria de delegados e expressivo contingente de eleitores que querem mudanças. Há que se ressaltar que as instituições democráticas dos Estados Unidos são sólidas e robustas e não permitem qualquer aventura populista. A gestão do presidente eleito, acreditamos, fará jus à liderança mundial que exerce esta grande nação, na construção de um mundo melhor”.
Edson Campagnolo, presidente da Federação das Indústrias do Paraná:
“Ainda é muito cedo para fazer um prognóstico do governo Trump. Enquanto ele estava em campanha eleitoral, era uma coisa. Agora, realmente eleito, ele tem que agir com um pouco mais de coerência e cautela. Isso principalmente na relação com os parceiros dos Estados Unidos, incluindo o Brasil, que abriga muitas empresas americanas.”
Antonio Miguel Espolador Neto, presidente da Associação Comercial do Paraná:
“Como grande empresário e com a experiência que tem como empreendedor, pode acabar iniciando uma grande revolução na economia americana com consequências benéficas para a economia brasileira. Não vai haver espaço para mudanças radicais, pois o Congresso americano tem uma força e a democracia dos Estados Unidos é muito sólida”.
Darci Piana, presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná e vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio:
“Apesar do Brasil não ter entrado na pauta dos candidatos à presidência dos Estados Unidos, tenho certeza de que o novo presidente irá adotar medidas apropriadas para fomentar as relações entre os dois países. Na área do comércio de bens, serviços e turismo temos interesses complementares e não há dúvida de que serão respeitados. Iremos trabalhar para incrementá-los cada vez mais”.
Guido Bresolin Junior, presidente da Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná):
“Grande vitória. Uma demonstração clara do seu empreendedorismo, da sua marca. Creio em uma nação americana que lidere a construção de riquezas ao mundo e ao homem”.
Ágide Meneguette, presidente do Sistema FAEP/SENAR-PR:
“Do ponto de vista do agronegócio, acredito que a eleição de Donald Trump não mude muito para o Brasil. Tanto Brasil quanto Estados Unidos são competidores nas exportações de commodities. O protecionismo americano deve recair sobre a China e a Europa. Mudanças mais contundentes terão que passar pelo Congresso americano”.
Glaucio José Geara, presidente eleito da Associação Comercial do Paraná:
“O importante é aguardar a apresentação do real plano de governo. Sabemos que os políticos sempre têm dois discursos. Donald Trump é um empreendedor corajoso, gerador de empregos. Não há motivos para ter medo e na hora em que ele sentar na cadeira a realidade vai ser outra.
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Foto: Rebecca Cook