IDL convidado para prestigiar palestra do Senador Cristovam Buarque em Curitiba
O presidente do Instituto Democracia e Liberdade, Edson José Ramon, acompanhou a fala do senador Cristovam Buarque (PPS) no último dia 15, abordando a atual conjuntura política nacional e seus efeitos, para uma audiência que lotou o auditório da Associação Comercial do Paraná (ACP).
Mesmo sem adiantar como será seu voto no julgamento final do impeachment da presidente, afirmou que “a volta de Dilma será um desastre para o Brasil, e nós temos a responsabilidade de evitá-lo”.
Buarque foi reitor da Universidade Nacional de Brasília, da qual é professor emérito, governador do Distrito Federal, ministro da Educação e eleito senador por dois mandatos. Interrompido pelo aplauso do público em vários momentos da conferência, o senador com mandato até 2018, como se sabe, profundo estudioso e conhecedor dos problemas da educação, a propósito de algumas medidas tomadas pelos governos Lula e Dilma Rousseff, especialmente no setor educacional, assegurou que “o pobre entrou na loja, mas não foi transformado em cidadão”, resumindo a decadência atual do sistema de ensino.
Buarque disse também que entre os 6,5 milhões de brasileiros das nossas universidades, grande proporção “tem baixa capacidade intelectual para realizar um bom curso, tendo em vista a deficiência da escola de base”. A seu ver, o problema será resolvido quando o país estiver em condições de gastar R$ 10 mil/ano por aluno, “pagando também um salário digno ao professor que, então, poderá ser recrutado entre os melhores jovens”.
Confessando-se, entre outros aspectos positivos de sua militância política um defensor do sistema parlamentarista, o senador que representa o Distrito Federal sublinhou que “o Brasil está maduro para dar esse grande passo na direção das reformas que precisam ser aprovadas”, adiantando que a real necessidade nacional “é tirar um Brasil e colocar outro muito melhor no lugar”.
Sobre a conjuntura política atual, o senador explicou que a mesma foi mistificada por uma série de narrativas irreais “como a dos 30 milhões de brasileiros que ingressaram na classe média, uma completa inverdade”. Condenou o assistencialismo e o excesso de propaganda eleitoreira, a seu juízo “com o objetivo explícito da compra de votos”, assinalando que hoje a população vive momentos de perplexidade diante da iminência do impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Quantos aos desafios imediatos do presidente interino Michel Temer, “homem preparado e competente para governar”, o senador disse que ele deveria começar pela arrumação das contas públicas, retomada do diálogo incluindo o Congresso Nacional e a recuperação de seus “deseleitores”, ou aqueles cidadãos que se manifestam contra o governo por temer a extinção do Bolsa Família e outros projetos sociais.
Com informações e imagens: Comunicação da ACP