30/10/2017

“Kennedy e seus Assassinos” – por Antenor Demeterco Junior

Kennedy e seus Assassinos

O presidente Trump presta um importante serviço na tentativa de esclarecer um dos crimes mais importantes da história, ao liberar documentos a respeito.

Kennedy tinha inimigos por todos os lados: Fidel Castro o quer morto (sendo a recíproca verdadeira), exilados cubanos de Miami o detestam pelo fracasso da invasão a Cuba, suas políticas pela integração racial instigam a demência sulista, a CIA, pelos rumores, seria submetida à séria supervisão presidencial, e certos líderes militares no Pentágono não lhe tem confiança.

Seu assassino, o instável Lee Harvey Oswald, casado com uma russa, morou na então URSS, e tem simpatias pelo comunismo. Preso, tinha no bolso documento que o liga à defesa de Cuba (instrumento para desvio de investigações?).

Vincular o crime ao comunismo traria o mundo à beira da guerra nuclear, o que a ninguém interessaria: forte razão para que as investigações realizadas fossem tímidas.

Assassinado o assassino por um tal de Jack Ruby, este ato evidenciou uma dupla queima de arquivo. Este indivíduo tinha um câncer fatal, e morreu em seguida. Tem ele fama de ser um mafioso menor, dono de uma casa de striptease, com fortes vinculações com a polícia de Dallas: entrou facilmente, sem oposição, na repartição policial para matar Oswald.

O crime organizado é sabidamente extremamente vingativo.

Kennedy, segundo rumores, teria se valido da ajuda da máfia para influenciar eleitores na eleição de 1960 (cf. “in” “Os Últimos dias de John F. Kennedy”, p. 79, de Bill O’reilly e Martin Dugard). É ele amigo de Frank Sinatra, elemento com livre trânsito entre mafiosos importantes, e que tentou hospedá-lo em sua casa em Palm Springs. Ao recusar tal convite, por conselho do irmão Bobby Kennedy (com base em relatório do FBI), humilhou o célebre cantor. O FBI tem arquivos que documentam laços estreitos entre Sinatra, os Kennedy e grandes mafiosos como Sam Giancana (depois assassinado).

O presidente Kennedy, desprezando a interesseira amizade da criminalidade mafiosa, permitiu ao irmão Bobby e ao Departamento de Justiça que realizassem uma caça às bruxas contra a máfia. Uma perseguição até a morte, no dizer do mafioso Sam Giancana (“ibidem” p. 143).

Na década de 60 do século passado, durante uma discussão sobre matar Kennedy, Carlos Marcello, chefão mafioso de Nova Orleans e Dallas, revelou um caro princípio de sua organização: “Como se diz na Sicília: quando quiser matar um cão, não lhe corte o rabo; corte-lhe a cabeça. Se lhe cortar só o rabo, o cão vai continuar mordendo você” (cf. “in” “Irmãos- A História por trás do assassinato dos Kennedy”, de David Talbot, p. 186-187).

Quem silenciou o assassino do presidente parece ser a peça chave para se atingir a verdade, hoje para fins meramente históricos.

O perseguidor implacável do crime organizado, Bobby Kennedy, também encontrou seu destino sangrento como candidato à cabeça do país americano.

Por Antenor Demeterco Júnior

 

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