IDL entrega diploma Defensores da Liberdade à Geraldo Alckmin
O governador Geraldo Alckmin foi recebido na última sexta (29), na Associação Comercial do Paraná (ACP), em evento promovido pela entidade em parceria com o Instituto Democracia e Liberdade. Alckmin falou sobre o momento econômico brasileiro. Acompanhado pelo governador do Paraná, Beto Richa e o prefeito de Curitiba, Rafael Greca, recebeu o título “Defensores da Liberdade”, entregue pelo IDL, pelas mãos do presidente Edson José Ramon. A palestra contou com a presença do ministro da Saúde, Ricardo Barros, da vice-governadora do Estado, Cida Borgheti, da secretária do Desenvolvimento Social, Fernanda Richa e e do ex-governador do Paraná João Elísio (presidente do Conselho Consultivo do IDL). Alckmin é pré-candidato a presidente da República do PSDB para a eleição presidencial de 2018.
Palestra –
“Nossas portas se abrem para recepcionar o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin. Dentre os fatos que compõem uma biografia, retrato que distingue por uma série de características específicas, personalidades que fazem por merecer a admiração da coletividade, destaca-se a vocação para o exercício da vida pública”, disse o presidente da ACP, Gláucio Geara. “Somente o fato de governar, por mais de uma vez, o Estado de São Paulo define o caráter e a têmpera de um homem público comprometido com a missão de governar, olhando principalmente para as carências das comunidades mais necessitadas”, declarou.
Da mesma opinião compartilha o presidente do Instituto Democracia e Liberdade, Edson José Ramon. “Haverá nas próximas eleições um quadro que vai exigir do próximo governante desprendimento, paciência, experiência e destemor. Sua administração à frente do mais importante estado do país o qualifica como importante liderança na construção do Brasil que precisamos” (confira o discurso do presidente na íntegra abaixo).
Aos que aguardavam um discurso de oposição a Michel Temer, Alckmin foi categórico: “não, o nosso foco deve ser emprego, renda e retomada da atividade econômica”. Porém se defendeu, dizendo que “querer ser candidato não é pecado. Precisamos estimular a boa política que gere uma boa economia que ajude a formar uma boa sociedade. Incentivar jovens e mulheres a participar”, disse.
O governador de São Paulo falou sobre medidas a serem tomadas imediatamente, como por exemplo quanto à segurança pública no país. “Todos estamos preocupados com esta questão, principalmente com o tráfico de drogas e armas”. Alckmin destacou a proposta ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que será encampada por ele como governador e levada ao governo federal, sugerindo a criação de uma agência de inteligência envolvendo as fronteiras de três Estados – Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, para impedir o tráfico de drogas e armas. “As maiores vítimas das drogas são os jovens negros do sexo masculino e os maiores Estados consumidores São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais”, revelou.
Para que o Brasil volte a crescer, o tucano disse que há o “grande desafio de desburocratizar [o sistema tributário] e buscar eficiência nos serviços públicos” Defendeu que as reformas são inadiáveis e que devem ser implantdas rapidamente “como no Paraná”. E completou: “temos o bom exemplo do Paraná que fez ajuste fiscal, passou a ter superávit e recuperou a capacidade de investimento”.
O tucano disse que o grande desafio é desburocratizar. “O Brasil não só é um país desigual, mas injusto na forma de recolher e distribuir recursos. Vamos combater privilégios e ser justos. Não se pode deixar a conta para os trabalhadores da iniciativa privada”, encerrou.
Discurso presidente IDL, Edson José Ramon –
Receber uma autoridade do calibre do governador Geraldo Alckmin em nosso estado, é motivo de orgulho para os paranaenses.
Recebê-lo aqui, em um evento da Associação Comercial do Paraná e do Instituto Democracia e Liberdade, é ainda mais especial. Afinal, é um privilégio ouvir tão destacada figura brasileira.
Sabemos o quanto homens públicos de bem, sofrem nestes tempos de ativismo, quando a sociedade brasileira despeja sua ira contra todos os políticos.
Entretanto, temos a consciência de que nenhuma nação pode dispor da classe política, pois ela é o alicerce da democracia. Sem o Congresso Nacional, viceja a ditadura.
É o que não queremos.
A democracia exige políticos de boa qualidade, e respeito às leis. Por isso é preciso que neste momento da vida nacional o poder judiciário aja com a serenidade e a cautela necessária, para que não se criminalize toda a classe política. É preciso separar o joio do trigo.
Governador Alckmin. Sabemos muito bem reconhecer homens de boa índole, de qualidade, com a fibra necessária para fazer o Brasil crescer. Vossa Excelência é um democrata, como o Instituto Democracia e Liberdade, que defende a economia de mercado, a livre iniciativa, a legitimidade do lucro e o direito de propriedade, pilares básicos para um desenvolvimento socioeconômico sustentável.
Enquanto a maioria dos estados brasileiros amarga sérios desequilíbrios fiscais, São Paulo, assim como o Paraná, tem suas contas em ordem, e não se descuida dos investimentos.
No ano que vem teremos eleições para escolher o novo presidente da República, os novos governadores, dois terços dos senadores, além de renovar a Câmara Federal e as Assembleias Legislativas.
Lamentavelmente, o Congresso Nacional de novo nos acenou com uma reforma política, mas quase nada mudou, frustrando toda a nação.
A indecisão da Câmara Federal deixa a porta aberta para que os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal, nenhum deles escolhido por nós, decidam sobre questões estritamente políticas, como financiamento de campanhas e coligações, entre outras.
E não é só isso. Essa apatia do Congresso nos impõe mais 4 anos desse desastroso presidencialismo de coalizão, que exige do executivo negociações nada republicanas; – cada vez que uma votação importante acontece no Congresso.
Políticos oportunistas, cuidam de si e de sua reeleição, sem se importar com as demandas do país.
Esta anomia faz existir o discurso fácil da esquerda e de seus apêndices como o MST, o Movimento Passe Livre, a CUT, e alguns partidos políticos, discurso que seduz nossos jovens.
Mas nossos problemas não estão apenas na classe política.
Estão em todos os poderes da República, onde inúmeros servidores públicos formam uma casta com remunerações absurdas, pagas com o suor do cidadão comum. Eles estão no executivo, no legislativo e no judiciário com ganhos incompatíveis com a realidade brasileira.
Enfim, senhor governador, temos para as próximas eleições um quadro que vai exigir do próximo governante desprendimento, paciência, experiência e destemor.
Sua administração à frente do mais importante estado do país o qualifica como importante liderança na construção do Brasil que precisamos.
Muito Obrigado!
Com informações da Comunicação da ACP