26/11/2015

René Dotti fala sobre Cidadania e Civismo a convite do IDL

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Mais de 60 pessoas prestigiaram a palestra Cidadania e Civismo – informação, crítica e participação, proferida pelo jurista René Ariel Dotti na noite desta quarta-feira, a convite do Instituto Democracia e Liberdade (IDL), na Associação Comercial do Paraná (ACP).

Entre as autoridades presentes, Edson José Ramon (presidente do IDL), João Elisio Ferraz de Campos (presidente do Conselho Consultivo do IDL e ex-governador do Paraná), José Augusto Araújo de Noronha (presidente da Caixa dos Advogados do Paraná), Thomas A. Amaral Neves (presidente da Sociedade Consular), José Eduardo de Moraes Sarmento (representando o presidente da Associação Comercial do Paraná, Antonio Miguel Espolador Neto) e Rogéria Fagundes Dotti (coordenadora geral da Escola Superior da Advocacia – ESA, da OAB/PR).

Na abertura oficial do evento, o presidente Edson José Ramon citou que o IDL foi criado por pessoas preocupadas com o delicado momento que atravessa o Brasil. “Entendemos que a semente do espírito público tem que estar presente em cada indivíduo, e que os interesses particulares estejam inseridos no contexto histórico sócio-econômico e cultural da sociedade a que o indivíduo pertence”, comentou. “Se assim não for, o portador deste interesse sem o entendimento e sem o respeito a este contexto, torna-se campo fértil para o ilícito. Somente com este espírito público é que o indivíduo, poderá exercer a cidadania, poderá ser um cidadão efetivamente”, encerrou, chamando para a palestra o advogado René Ariel Dotti.

Em sua fala – breve, clara e objetiva –, o advogado e professor René Ariel Dotti traçou um interessante paralelo entre o desenvolvimento da história da humanidade, alinhado ao papel e à missão do IDL, bem como a defesa de uma sociedade baseada na democracia representativa e pluralista; na economia de mercado de livre iniciativa e na diminuição do estado; na máxima descentralização do poder estatal; no direito a propriedade privada; na legitimidade do lucro; na liberdade de expressão; na liberdade e na responsabilidade individual.

“Tenho profunda admiração pela iniciativa do Instituto, que busca o desenvolvimento de uma cultura humana e social a partir da defesa da ética e da responsabilidade individual, da igualdade, da supremacia do cidadão sobre o Estado, da eficiência governamental e de tributos, da livre iniciativa, racionalização e concorrência”, elencou Dotti. “A democracia pluralista e economia de mercado, descentralização do papel decisório do Estado e liberdade de expressão são no meu entendimento as quatro liberdades fundamentais, que constituem as bases e os objetivos do IDL”, elogiou.

Para ele, é preciso que a atuação do Instituto promova o exercício da crítica e crie condições para a participação de todos, não se restringindo ao papel de ser um centro de pensamento isolado da sociedade. “Suas ações pouco a pouco estão tornando o IDL autorizado a falar em nome de uma representativa parcela da sociedade”, elogiou.

Em seguida, Dotti citou os desdobramentos da Operação Lava Jato, obtendo as palmas de todo o público presente na ACP. “A Lava Jato detectou que existe um partido que pretendia se eternizar no poder por um golpe de corrupção de grande parte do parlamento e membros do STF. Quando me pedem uma avaliação sobre o trabalho desta Operação, digo que a Lava Jato surgiu para impedir um novo golpe de Estado, que pode ser praticado simplesmente pela corrupção, sem a necessidade da força física comum aos golpes registrados na história”, explicou.

Concluindo sua palestra, Dotti lembrou da importância da liberdade de expressão como ferramenta de informação, crítica e formação de uma forte consciência coletiva. “Temos que estar equipados intelectualmente e propagar ideias sob a pena de, se isso não for feito, desertarmos de nossas convicções. O que vivenciamos hoje no cenário nacional é um teatro do absurdo. Temos que dizer sim à convicção e à luta e não a este triste espetáculo que querem que assistamos”, encerrou, ovacionado de pé pelos presentes.

A palestra foi seguida de perguntas ao advogado, que recebeu uma homenagem das mãos de Edson José Ramon e João Elisio Ferraz de Campos.

Fotos: Temaphoto

 

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