22/05/2019

Reforma da previdência em debate

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A convite do Instituto Democracia e Liberdade (IDL), o deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP) realizou uma palestra nesta segunda-feira (20) em São José dos Pinhais (PR) sobre a reforma da previdência e o atual momento da política brasileira, prestigiada por 500 pessoas.

O evento, que aconteceu no Auditório do Portal do Porto, contou com a abertura do presidente do IDL, Edson José Ramon. “O Brasil precisa de inúmeras mudanças, mas a mais importante e indispensável é a reforma da previdência. Não podemos tratar o trabalho como se fosse um castigo e a aposentadoria como um prêmio. Há muito tempo que a população ativa definha enquanto que o número de aposentados cresce cada vez mais, o que torna a reforma inadiável. Por fim, quem ganha com a reforma são os brasileiros e as novas gerações”, afirmou.

No início da sua palestra, o deputado federal Kim Kataguiri comentou que o sistema previdenciário brasileiro, da forma que existe hoje, não é sustentável para o país. Kataguiri argumentou que a queda da natalidade, e o consequente envelhecimento da população, não deixam dúvidas de que a reforma precisa ser feita para que se restabeleça o equilíbrio nas contas públicas.

“Não conseguimos sustentar o sistema previdenciário da forma como está estruturado. Atualmente, nós precisamos ter cinco trabalhadores ativos para cada pessoa aposentada. Os termos da reforma precisam ser discutidos, mas não podemos negar a necessidade de efetuá-la”, garantiu.

O deputado federal argumentou que, nos termos atuais, a previdência serve basicamente para transferir o dinheiro da classe mais pobre para as classes mais ricas. “A parcela mais rica da população se aposenta dez anos mais cedo. Quem paga mais impostos, com relação aos números, no final das contas, é a classe mais pobre. Quando a previdência dá prejuízo, de quem tiramos? Da população mais pobre. Ou seja, quanto maior é o déficit, mais dinheiro é retirado dessa classe, que financia a aposentadoria dos mais ricos que se aposentam antes”, observou.

Kataguiri também citou a disparidade da arrecadação do servidor público em comparação com o privado para reafirmar a importância de mudanças com relação a legislação previdenciária. Ele comentou ainda que o servidor público se aposenta mais cedo, além de receber parcelas mais vantajosas das aposentadorias. “A verdade é que nosso setor público não produz riqueza nenhuma, apenas burocracia”, disse.

As opções que se apresentaram como alternativas à reforma não se mostraram eficientes em outros períodos, lembrou Kataguiri. O deputado federal comentou o porquê dessas estratégias não apresentarem garantias suficientes. “Temos como alternativas a impressão de mais dinheiro, o que iria produzir mais inflação. Por outro lado, há a possibilidade de gerar mais dívida para o país, ou seja, se endividar ainda mais, já que não temos superávit”, explanou.

Por último, Kataguiri comentou que a reforma da previdência deve evitar privilégios de classes, já que se trata de um esforço coletivo. “Independente de intrigas ou discordâncias políticas, há apenas dois caminhos para o Brasil: realizar a reforma da previdência e trabalhar para o desenvolvimento do país ou ir de vez para o buraco”, concluiu.

Após a palestra, Kataguiri participou de um debate acompanhado do vereador de São Paulo Fernando Holiday. Ao final do evento, o deputado federal recebeu o diploma “Defensores da Liberdades” das mãos de Edson José Ramon, acompanhado de Francisco Simeão e de Marcos Domakoski. Foto: Felipe de Souza

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