09/11/2015

Para Alexandre Schwartsman, retomada do crescimento será lenta e fraca

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Bem humorado, mas demonstrando pessimismo em relação à economia brasileira, o economista e professor do Insper de São Paulo, Alexandre Schwartsman falou para uma plateia de acadêmicos, professores e empresários sobre a questão da crise que assola o país e se haveria uma saída para a situação.

A palestra aconteceu no Prédio Histórico da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Paraná, no último dia 5, organizada pelo IDL em parceria com o Grupo de Estudos Liberalismo e Democracia (GELD).

O presidente do IDL, Edson José Ramon, deu as boas-vindas ao professor e palestrante Schwartsman. “Com esses eventos, o Instituto visa difundir e manter os ideais liberais, a defesa da economia de mercado, da livre iniciativa e da liberdade de expressão”, comentou.

“A intenção é também abrir um espaço dentro da academia para gerar debate em busca de novos saberes”, acrescentou o conselheiro do IDL, Nelson Bücker.

 

A saída para a crise

 

Schwartsman disse que, “tecnicamente, a crise na economia brasileira tem saída, mas a retomada do crescimento será demorada e fraca”, alertou. De acordo com ele, o governo gasta mais do que arrecada, existe uma imobilidade política, retração do PIB, alta inflação, carga tributária e juros muito elevados, desemprego crescente, paralisação de investimentos produtivos. “Todo esse conjunto aponta para um período de estagnação do desenvolvimento e esgotamento da capacidade fiscal”.

Para o economista, a crise econômica brasileira persistirá no próximo ano. “Acredito que somente em 2017, a situação do Brasil começará a melhorar um pouco, com taxas de juros mais baixas e reação nas exportações.

Questionado sobre qual a sugestão que faria para o fim da crise, Schwartsman lembrou o programa de governo do PMDB, lançado no final de outubro. Segundo ele, o documento traz algumas recomendações que os economistas deveriam assinar embaixo.

Citou como exemplos, as propostas de cortes nos gastos do governo, redução progressiva do endividamento público, desvincular o orçamento das despesas de custeio, investir no desenvolvimento da iniciativa privada, maior abertura comercial, simplificação fiscal com um número menor de impostos e dar prioridade à inovação.

 

 

 

 

 

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