23/03/2023

IDL debate com associados e parceiros projetos que têm como foco o desenvolvimento econômico e social do Paraná e do Brasil

O Instituto Democracia e Liberdade (IDL) promoveu nesta quarta-feira, no Hotel Pestana, reunião de trabalho para apresentar aos mais de 40 associados presentes e alguns convidados, dois projetos que contam com sua condução e participação: “Olhar sem Fronteiras” e “Porto de Paranaguá Pede Socorro”.

Edson

“Hoje vamos falar de projetos ambiciosos, que nasceram no seio do IDL e que têm como principal desafio sensibilizar as autoridades para que haja vontade política referente à sua efetiva implementação”, falou na abertura do encontro o Presidente do IDL, Edson José Ramon. “O primeiro projeto é conduzido por Atilano de Oms Sobrinho e diz respeito à criação do Fundo para o Desenvolvimento da Interland do Centro – Sul da América do Sul, sob administração da Itaipu Binacional. O segundo projeto, sob a coordenação de Carlos Marassi, fala de algo premente e urgente, que é um segundo acesso rodoviário ao Porto de Paranaguá”, disse, em alusão ao projeto de construção do trecho paranaense da BR-101, partindo da BR-116 até Garuva, onde se inicia o trecho Sul da BR-101, desviando o atual trecho da Serra do Mar na BR-277.

Fundo para o Desenvolvimento da Interland do Centro – Sul da América do Sul

O empresário Atilano de Oms Sobrinho, do Grupo Inepar e do Instituto CTNI-Centro de Tecnologia, Negócios e Inovação, parceiro do IDL, apresentou a proposta do Fundo para o Desenvolvimento da Interland do Centro – Sul da América do Sul, com Difusão a partir do Paraná e Paraguai. A ideia é instituir um fundo binacional de investimento a ser gerido pela Itaipu Binacional, para o financiamento de projetos voltados ao desenvolvimento da região Oeste do Cone-Sul, com foco na infraestrutura e logística; geração de energia limpa e sustentável e otimização da produção de alimentos. “Os recursos serão da ordem de US$ 2 bilhões ao ano, durante os próximos 30 anos. Em uma estimativa conservadora, aportes comprometidos a longo prazo (30 anos) podem capturar pelo menos três vezes mais em recursos de fundos de investimentos internacionais”, explicou.

Segundo ele, trata-se da real viabilidade de integrar e conectar a porção Centro – Sul do continente por meio de um ciclo de desenvolvimento virtuoso e integrado com aproveitamento sinérgico das vocações regionais tendo como irradiadora a Itaipu Binacional, o Estado do Paraná e o Paraguai.

“O que se busca é aplicar de forma mais efetiva os recursos que a Itaipu irá acumular todos os anos, provenientes da conclusão do pagamento da construção da usina, o que ocorreu em fevereiro desse ano”, resumiu.

Atilano

Saiba mais sobre o Projeto Olhar sem Fronteiras clicando AQUI.

A necessidade da construção de caminhos alternativos

A apresentação seguinte, feita pelo associado Carlos Marassi, foi iniciada com a contextualizando sobre os recentes deslizamentos ocorridos em encostas da Serra do Mar, na BR-277 entre Curitiba e Paranaguá, que complicaram dramaticamente o tráfego para o Porto e para o litoral. A situação faz com que, há cinco meses, a rodovia opere com restrições, em apenas uma faixa, com enormes reflexos no custo das exportações via Paranaguá. Tudo isso traz como questionamento prioritário: sem rodovia, como o Porto de Paranaguá vai operar?

Marassi

“Se chover na Serra do Mar metade do que choveu no litoral Norte de São Paulo, a BR-277 pode via a baixo e ficar totalmente fechada por meses, ou até anos, impedindo o acesso de caminhões ao Porto, impondo também um enorme sacrifício aos municípios do litoral”, alertou Marassi. Segundo ele, geólogos alertam que está ocorrendo ali não só a movimentação das encostas, mas de todo o maciço que sustenta as pistas, o que prenuncia que uma catástrofe pode vir a ocorrer.

“Estudos preliminares de economistas, bem como de especialistas em logística, mostram que o país perderá mercado e bilhões de dólares por ano. No Paraná, especificamente, essas perdas serão catastróficas para o agronegócio”, comentou.

A solução mais rápida e viável – defendida pelo IDL – é a construção do trecho paranaense da BR-101, com traçado que se inicia na BR-116 na altura da Serra do Alpino. A partir dali, vence a Serra do Mar no sentido Cachoeira de Cima, passa próximo de Morretes e Antonina e faz entroncamento com a BR-277, a cerca de 15 km do Porto de Paranaguá. A partir desse entroncamento, a BR-101 passaria, utilizando o traçado de uma estrada já existente em leito natural, paralela à Alexandra-Matinhos, passa por trás da Baía de Guaratuba chegando até Garuva, em Santa Catarina, encontrando o trecho sul da BR-101. “Não existe obra mais urgente no Brasil. Esta rodovia será a alternativa para que Paranaguá sobreviva em caso do iminente colapso na BR-277, evitando perdas bilionárias para o país”, encerrou.

Fundo Constitucional do Sul (FCSul) do BRDE

O Diretor Administrativo do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) / Agência PR, Luiz Carlos Borges da Silveira, convidado do IDL na reunião, apresentou ao final o Fundo Constitucional do Sul (FCSul), instrumento de financiamento da Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR), contando com parcela de recursos tributários e de redução das desigualdades intra e inter-regionais do país.

“Os financiamentos do FCSul serão 100% retornáveis, não se tratando de recursos não reembolsáveis, focando em sanar o déficit de infraestrutura e as desigualdades sociais existentes na Região Sul”, informou Borges da Silveira.

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