28/10/2019

“Economicamente, não há muito o que fazer, mas politicamente, há muito a ser feito”, afirma o senador Oriovisto Guimarães durante palestra

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A convite do Instituto Democracia e Liberdade (IDL), o senador do Paraná Oriovisto Guimarães (PODE-PR) ministrou uma palestra na última quinta-feira (24) no Mabu Hotel, em Curitiba. A apresentação abordou as perspectivas políticas e econômicas do Brasil para os próximos quatro anos. O evento contou com 150 participantes, entre eles empresários, economistas e estudantes.

A abertura oficial da palestra foi feita pelo presidente do IDL, Edson José Ramon. “É com grande satisfação que recebemos, nesta noite, a presença de um grande homem e amigo. Além de uma carreira brilhante como professor e empresário, o Senador Oriovisto é uma pessoa que conhece muito bem a realidade do Paraná, razão pela qual ele desfruta de nossa confiança. Tenho certeza que estará sempre lutando por um país melhor”, pontuou Ramon. 

Formado em Economia e um dos fundadores do Grupo Positivo, o Senador Oriovisto Guimarães dividiu sua apresentação em duas partes: projeções econômicas do país; e sua atuação política. 

Na primeira abordagem, utilizou como base o Plano Plurianual (PPA) 2020-2023, do qual é relator no Senado. De acordo com ele, a situação econômica do país deve melhorar de forma lenta e gradual, já que a previsão para os próximos anos é que o país siga com déficit primário, isto é, os gastos serão superiores à arrecadação. 

“Quase a totalidade do que se arrecada hoje com impostos está comprometida com salários, custeio e com a previdência, restando quase nada para investimentos”, disse. Por esta razão, é necessário criar condições para que o país consiga atrair investimentos privados, principalmente estrangeiros, impulsionando dessa forma a economia brasileira. 

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Durante a apresentação, o senador explicou que é recomendável que os investimentos somem 25% do Produto Interno Bruto (PIB), criando um ciclo de desenvolvimento constante. Por conta da frágil situação financeira do Brasil, o índice no país foi de apenas 16%. 

Em situações em que não se pode contar com o apoio do estado, é necessário criar condições para que os investimentos no país cresçam, explicou. “Essa é a saída que eu vejo para o Brasil. Se não houver condições para o capital estrangeiro vir, não haverá economia”, observou. 

Ele exemplificou, através de uma pesquisa feita com investidores europeus, alguns desses requisitos fundamentais: um Estado que ofereça segurança jurídica; condições de liberdade econômica; leis consistentes; simplificação da justiça do trabalho; moeda estável; gestão transparente das contas públicas; e tributação simples e moderada. “Se garantirmos essas condições ao investidor, construiremos um ambiente de crescimento”, disse.

O senador concluiu a palestra afirmando que, para uma mudança de panorama do país, é fundamental que aconteçam as reformas administrativa, tributária e política, especialmente esta última. 

“Economicamente, não há muito o que fazer, mas politicamente, há muito a ser feito. As reformas não dependem de dinheiro e sim da vontade política. É preciso acabar com a grande quantidade de partidos que temos hoje. Para mudar a cara do país, também é urgente acabar com o foro privilegiado, que depende unicamente de votação da Câmara, uma vez que já foi aprovado por unanimidade no Senado”, disse o senador.

Ao final da apresentação, o senador recebeu o diploma “Defensores da Liberdades” das mãos do presidente do IDL Edson Ramon.

 

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