10/12/2015

Artigo Impeachment, por Paulo Henrique Wedderhoff

Impeachment

 

Por Paulo Henrique Wedderhoff, coordenador do Grupo de Conceitos do IDL

 

Não há dúvida de que somos a favor da troca de comando do nosso país e diante da teimosia em não renunciar, só nos resta a via democrática da remoção por impedimento legal previsto na constituição. Nosso país precisa urgentemente poder inaugurar uma faixa que diga “sob nova direção”.

Ocorre que tão logo isto se torne possível, o PT vai deixar de ser vidraça para se transformar em estilingue, preparando-se para 2016 e 2018 com Lula.

Infelizmente, diante do silêncio e da chantagem econômica que a mídia de massa vem sofrendo, não é possível contar com seu apoio para incentivar a pressão das ruas.

Não é possível prever se as redes sociais conseguirão atrair os milhões que bradaram FORA PT em tantas ocasiões.

Também não dá para prever se os traidores da pátria irão recuar ou manter-se unidos para dar à presidente o curioso número de 171 apoiadores que ela precisa para derrubar a votação a favor do seu impedimento legal e continuar destruindo a nação.

Assim, se fosse possível acelerar a destituição legal da presidente, estaríamos ajudando o PT e Lula, que passaria a criticar o que quer que fosse feito, portanto comprometendo o futuro do Brasil.

Por outro lado, se fosse possível, atrasar o impedimento da presidente estaríamos contribuindo para a continua deterioração da nossa economia, da perda de empregos e facilitando a ampliação do aparelhamento das instituições nacionais.

Por isso é com tristeza que me dou conta de que vivemos uma típica tragédia grega, onde o que quer que se faça, será doloroso.

Como não podemos nos entregar à apatia, só nos resta escolher deter as perdas enquanto é tempo.

Assim, o caminho que nos parece menos pior é o de apoiar a votação do impedimento de modo que ocorra o mais breve possível e lidar com as consequências na medida do nosso possível.

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