26/10/2015

A convite do IDL, Flavio Morgenstern lança “Por Trás da Máscara” em Curitiba

O analista político Flavio Morgenstern lançou em Curitiba seu primeiro livro “Por Trás da Máscara: do passe livre aos black blocs, as manifestações que tomaram as ruas do Brasil”, editado pela Record, na quinta-feira (22), na Livraria Cultura. A sessão de autógrafos com palestra foi promovida pelo IDL e pelo Grupo de Estudos Liberalismo e Democracia (GELD).

Na obra, Morgenstern detalha os acontecimentos das famosas “jornadas de junho” de 2013 – referindo-se como o “ano que não acabou” –, e expõe vários estratagemas de movimentos como Passe Livre (MPL) e Fora do Eixo (FdE), que se auto intitulam “coletivos” e “sem líderes”. Em 600 páginas, ele aprofunda as análises que fez do movimento em tempo real em artigos na internet naquela época.

Na palestra, Morgenstern fez algumas considerações sobre a obra. Ele disse que “Por Trás da Máscara” não trata apenas dos eventos de junho de 2013, da tática dos black blocs, mas sobre o movimento de massas, sem foco ou objetivo claro, com uma pauta aberta. “Num primeiro momento, houve a pauta dos transportes, que já vinha sendo mapeada pela esquerda brasileira há bastante tempo. Depois, virou movimento de massa. Isso vinha sendo tentado desde 2010 com outras manifestações, e finalmente desta vez eles conseguiram que essa pauta se tornasse chamativa para a população”, afirmou. “A tarifa de ônibus, tão dissecada pela grande mídia na época, passava longe das finalidades e objetivos reais das manifestações de junho de 2013”, disse, garantindo que “os 20 centavos eram apenas pano de fundo para outras questões”.

No livro, o autor disserta sobre o Ocuppy Wall Street, uma série de eventos de teor contra o capital, em Nova York (EUA), que inspirou as redes de protestos realizados no Brasil desde 2011. Morgenstern descreve as artimanhas de movimentos como o MPL, que busca angariar apreciadores utilizando termos como “justiça social” e “minorias”. E também mostra que “a violência daquela época não foi ocasionada pela polícia, mas pela ‘nova esquerda’, que calculou suas ações para vender imagens para a mídia e viralizá-las nas redes sociais, causando uma onda de paixões e comoções vazias”.

Citando farta bibliografia, Morgenstern desmascara as “jornadas de junho”, desnudando com muito bom humor não apenas os eventos em si, mas o espírito da insurreição, o cenário, os interesses, o noticiário e, principalmente, as técnicas de utilização dos movimentos de massas para fins políticos no Brasil e no resto do mundo.

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